sábado, 16 de novembro de 2013

Pra não deixar de falar das flores


Tenho bronca do Ives Gandra, aprendi a não gostar dele quando estava envolvido com as questões político-jurídicas de Telecom. Tive a oportunidade de trabalhar e conviver com pessoas especiais no seu empenho para a  construção de uma sociedade sem exclusões e com outras que, além do mais, eram profissionais da área jurídica com capacitação excepcional demonstrada e submetida à prova em diversos embates que realizamos. Estes profissionais sempre foram para mim uma referência e contrapunham-se em intenções e gestos aos do Ives Gandra que sempre fez um papel que chamávamos de "pena de aluguel".

Mas, também aprendi que ele é competente e faz o seu papel com excelência. Assim, considerando os diversos aspectos do caso mensalão, não deixo de imaginar se ele está cumprindo uma missão, alugando a pena, ou defendendo uma tese por uma efetiva convicção. Isto é possível porque, afinal de contas, a tese defendida por ele é a que garante a manutenção do seu espaço de atuação.

Qualquer que seja a hipótese, eu concordo que ele apresenta questões procedentes e que questionam em termos técnicos, até que eu aprenda outras noções, o processo cagado que foi conduzido pelo STF sob a liderança do Barbosa com a participação dos demais juízes. Não chamo de conivência porque sei que conivência traduz uma omissão de quem não teria a obrigação legal de atuar e, no caso, acho que impedir a cagada era uma obrigação dos demais juízes.

É interessante observar que no caso do mensalão STF atuou como um tribunal de exceção, procedimento que sempre foi divulgado nos discursos de propaganda dos grupos mais conservadores como uma prática esperada da esquerda política caso assumisse o poder.

O fato é que a situação criada pelo STF é de instabilidade  e indesejável para os grupos conservadores, mesmo aqueles que caíram de porrada no PT. Deve ser neste contexto que se enquadram as manifestações do Ives Gandra. 

Agora, quem pariu o Mateus que o embale. Qual será a regra? Restaure-se a moralidade ou locupletemo-nos todos! 

Nenhum comentário:

Postar um comentário