Opinião
A caçada ao Lula já vem de alguns anos com grampos
telefônicos e monitorações de toda ordem tendo ele e membros de sua família
como alvos. Nem mesmo as ligações telefônicas com a presidenta Dilma foram
poupadas. Suas conversas e comentários nos ambientes mais íntimos foram
invadidas e divulgadas para quem quisesse saber. Trabalho realizado por
arapongas profissionais experientes, dizem que alguns com especialização no
exterior.
Ainda assim, até esse momento, nem uma conversa sequer
foi detectada que revelasse incoerências ou inconsistências entre a vida
pública do sapo barbudo e a sua vida vasculhada.
Por outro lado, bastou um microfone aberto
inadvertidamente por alguns segundos registrando a informalidade de comentários
em off durante uma reportagem para trazer à tona a realidade e destruir a
imagem ensaboadinha e perfumada que vinha sendo construída para um jornalista da
rede global. A ponto dos seus patrões serem obrigados a defenestrá-lo em nota pública,
esmerdalhando irreversivelmente a sua carreira profissional.
Não acho correto, nem faço juízo do jornalista pelo
evento em si. Existem outras razões para tal. Mas, não deixa de ser
irônica a comparação entre as duas situações. Afinal, não foram poucas as vezes
em que o jornalista de boca nervosa, ícone da direita coxinha, se desdobrou em
jeitos e trejeitos diante das câmaras para desqualificar Lula e seus
simpatizantes colocando-se, presunçosamente, ele próprio, como referência de
austeridade e moralidade consoante com a vontade dos seus patrões.
A direita coxinha tem razões de sobra para estar emudecida
e emputecida.
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